A Tal da Depressão



E doí tanto que eu não entendo as vezes como respiro. O ar parece ser socado dentro dos meus pulmões e depois expulso com mais agressividade que um furacão ao ser formado. Meu coração parece precisar de esforço extra pra cada batida, preciso mesmo de uma massagem cardíaca a cada cinco minutos?


Minhas dores não somem e isso apenas faz-me querer adormecer pra sempre, jamais sair da cama, pois lá a dor diminui, lá ela repousa comigo. Observo minha janela da minha cama, o mundo lá fora parece dominado pelo caos, mas não sinto nada daqui, minhas respirações deixam de existir, meu coração não bate, minha cabeça não lateja.
A partir do momento que me levanto tudo muda. “Como assim?” perguntam-me. Meus caros, se eu soubesse responder já haveria achado uma saída pra “viver”, essa coisa estranha que todos vocês fazem e eu mesma não entendo bem. As vezes acho que vivo, mas disseram que ficar esperando pela morte sentindo cada tropeço como uma pancada não é vida. Mas digam-me, o que é “viver” então?
Visitei um médico recentemente, isso que eu sinto jamais poderia ser normal, dizem-me, mas não me importo se é normal pra vocês, ou o que o médico acha. Não me importo com vocês ou com o que acham, esse é o meu normal, não estou doente.
Tantas perguntas sem respostas, tantas ordem mal cumpridas, tantas resoluções mal tomadas. E qual o meu problema? Qual a minha doença?
Depressão.
Depressão.
Depressão.
Os médicos dizem essa palavra como se explicasse e mudasse minha vida num passe de mágica. Não, eu não preciso de remédios, não preciso de uma clinica, não preciso de sua pena. Nem de consultas demoradas com algum idiota que acha que pode me entender. Preciso de amor. Entende? Sabe o que é isso? Com toda certeza que não.

 - Rebeca Morais
31/01/2015

P.S:. final mais legal, não acham?

4 comentários:

  1. eu sei como se sente... parece que quem está digitando estas palavras sou eu.. :c

    inocentementeingenua.blogspot.com

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  2. Eu já tive depressão e cara, é foda. Ok, não é algo que se deixa de ter assim do nada, pois tem dias e semanas até nas quais eu não tenho vontade nem de ir na cozinha beber água. Hoje não consulto mais médicos nem tomo remédios, estou melhor mas o pior da depressão, é quando você se dá conta do que tem e quer sair do labirinto, mas não consegue. O que dói mais do que tudo é ver o olhar da sua mãe ou do seu pai ou ouvir a voz da sua irmã menor perguntando porque você não sai mais do quarto. É de cortar o coração, porque no fundo você os ama também e quer sair de onde está, mas não dá mais. E quando eu finalmente saí, me dei conta que tinha perdido dois anos da minha vida. Complicado.

    queissobela.blogspot.com

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  3. Gostei do texto..
    Há um ano atrás eu estava assim também, se não pior, encontrei refúgio na auto-mutilação e me viciei completamente, acho que até eu ter feito isso, eu não queria mesmo me salvar, mas quando eu olhava para o meu corpo e desejava isso fortemente, pois pior que lutar contra alguém; é lutar contra si mesmo...
    Esse texto me cortou o coração :/ Sabe, meu peito dói ainda quando ouço alguém falando disso, ou dizendo que tem, eu quero embalar a pessoa a a ajudar...
    No começo eu odiava a psiquiatra e as psicólogas, porque eu realmente não as queria, mas quando eu quis ser salva eu passei a gostar delas e sabe, hoje sou até meio grata...
    Gostei muito do texto :3
    Beijos

    http://umagarotanadaencantada.blogspot.com.br

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  4. Todos nós precisamos. Excelente texto :D
    Beeijo :*

    marinaalessandra.blogspot.com

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