Palavras da Alma


Em uma folha de papel que encontrei no chão, na praça atrás da casa da minha prima Susan, tentei escrever, mas não conseguia me concentrar, talvez porque ele estava sujo de algo como café ou chá e isso me irritava, ou simplesmente porque não havia como colocar meu amor por ti em palavras.
Andei, andei, andei. Tentando ordenar os pensamentos.
Queria escrever pra você porque o amo e queria encontrar em meio à palavras perdidas um jeito de lhe dizer sem que fique completamente piegas.
Em outra folha que encontrei perto de uma arvore ao lado da nossa antiga escola, tentei de novo, ideias embaralhadas e palavras soltas foram despejadas na folha, tudo de uma vez e de alguma forma deu errado. Acho que porque a folha estava amassada e isso me irritava.
Tleck, Tleck. Tleck, Tleck. A caneta fazia em minhas mãos. Eu não conseguia parar de pressionar o botão. Sabe que tenho essa mania, mas com o tempo vem piorando, ainda mais quando não consigo pôr as ideias no papel.

Joguei mais aquele papel fora e segui em frente até estar novamente em meu quarto, você mandou aquela mensagem dizendo que não me ama mais e ual, instantaneamente veio-me algo incrível para escrever, porém não ia mais dizer que havia te amado (e continuo amando, grande idiota sou), escrevi com ódio, mágoa, tristeza e parte do meu afeto por ti. Escrevi a noite inteira, com o coração e a alma literalmente entregues à perda.  Escrevi mesmo com a mão latejando de dor, escrevi até conseguir voltar a respirar.
Lágrimas jamais escorrerão novamente como escorreram naquela, pois meu limite nunca ia ser novamente tocado e quando lhe entreguei todas aquelas páginas escritas com minha caligrafia descuidada você bateu a porta em minha cara e me mandou embora, deixei no pé da escada.

Você não deve ter lido e muito menos se importado com isso. Mas isso não muda minha paz de espirito e agora, com esse papel, deixarei tudo pra trás e seguirei em frente. Machucada? Não muito. A dor que sinto é como um osso quebrado e meu gesso são as palavras, é o contato da caneta no papel e as ideia saindo bem fluidas. Estou bem melhor agora e mesmo se nunca mais conseguir amar, mesmo não me sentindo viva e bem como antes, seguirei em frente com um sorriso nos olhos.

Atenciosamente,
Rebeca Morais
P.S: desculpem a demora pro post, alguem está sofrendo na volta as aulas (e adorando ao mesmo tempo).

3 comentários:

  1. caraca *o* que lindo, me arrepiei aqui *o*

    ☆ visita se quiser ◕‿◕✿ inocentementeingenua.blogspot.com.br/ ☆

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  2. Lendo esse texto, parei para pensar em como a gente se entrega quando ama alguém e por vezes, fica cega também e quando termina, é como se algo em nós tivesse se partido e ainda bem que tem a escrita para aliviar, imagina como seria se a alma não pudesse tomar um banho de palavras?
    E acho que seguir em frente é uma boa maneira de voltar a se sentir viva, aos poucos, é claro.

    Ahh, suas aulas voltaram? Confesso que tô com inveja, moro no Paraná e as escolas estaduais estão em greve </3

    queissobela.blogspot.com

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  3. Ai que lindo </3 , meu Deus eu amei o texto ! Você é uma apaixonada por escrever assim como eu ? Meu deus, parabéns escreve muito bem ... *-*
    au revoir

    http://the-my-smile.blogspot.com.br/#

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