Sete Dias - Capitulo 3


Oi amores Ψ 
Estou aqui no meu intervalo e vou escrever direto no celular o capitulo 3 *---*


Sete dias - capitulo 3

15 de junho...


Acordo 5 da manhã, tive um pesadelo, eu estava pulando de um penhasco para pegar meu estilete, e no meio da queda ouvi a voz de Daniel pedindo pra mim voltar, mas era tarde demais, acordei gritando, mas ninguém me ouviu, pelo visto minha mãe não estava em casa.
Depois de um longo tempo tentando dormir novamente, percebi que não conseguiria e resolvi ir desenhar, uma das minhas maiores paixões. Sempre quis ser desenhista profissional, mas depois que comecei a me cortar parei de pensar no futuro, sempre achei que me matar fosse mais lógico e não me imaginava morrendo velha.
O tempo passou voando e logo minha mãe apareceu na porta.
- Gisele, não deveria estar dormindo? Olha a hora! Assim você não vai prestar atenção na aula. Estava usando drogas, é?
- Não mãe, eu só estava desenhando.
- De novo esses desenhos sem futuro, por que você não pode ser igual seu irmão?
- Não são desenhos sem futuro e eu não sou o meu irmão.
Ela saiu resmungando, pensei em me cortar, mas lembrei do dia que é hoje e decidi me trocar logo.
- Gisele, Daniel está aqui. - gritou minha mãe da cozinha.
Olhei no relógio, ainda era muito cedo e nem trocada eu estava, desci de pijama mesmo, só pra avisa-lo que não estava pronta.
- Caiu da cama, é? - eu disse assim que o vi na minha cozinha.
- Ainda de pijama Gi? Hoje você não vai pra escola, vamos pra um lugar, tenho que te mostrar umas coisas.
- uh, um lugar, umas coisas - repeti os mistérios de meu amigo - que mistério é esse?
- Você já saberá, agora se troque, e coloque alguma roupa que dê pra sujar.
Subi para meu quarto e me troquei, coloquei uma calça que eu já nem gostava mais, uma camiseta de banda e um moletom, claro, não posso ficar andando por aí, mostrando meus cortes.
- Vamos. - Eu disse assim que desci para a cozinha novamente.
Ele pegou minhas coisas e entramos no carro do pai dele.
- Oi senhor Marcos, como está? - disse eu ao pai de Daniel.
- Oi bonequinha, estou ótimo, e você? - respondeu-me ele, ele sempre me chamou de bonequinha, ele era o homem mais doce que já conheci, um grande homem.
Dormi no colo e Daniel durante o caminho e chegamos em um prédio grande e iluminado antes das 9, não sei quanto tempo dormi, poderia ter sido 1 hora ou 10 minutos.
Entramos no prédio pelo estacionamento e Marcos nos deixou em frente ao elevador e foi em bora.
- certo, onde estamos? - perguntei mais por curiosidade.
- O primeiro motivo pra tu não se cortar está aqui, vamos a uns lugares e te mostrarei que com um pouco de força de vontade você pode realizar seus sonhos - ele pegou na minha mão e olhou em meus olhos - você te talento e eu acredito em você.
Fomos pro andar de número 6, era um escritório completamente iluminado e acolhedor, um pouco aconchegante demais na minha opinião, lugarzinho muito abafado.
A secretária estava à mesa e parecia bem simpática, com uma voz doce ela nos pediu para aguardar.
Entrei em uma sala que fez o escritório parecer o local mais limpo do prédio, naquela sala, a parede nem parecia ser branca, totalmente espirrada de tinta e pichada, sim, pichada por dentro, grafitada e completamente suja.
- Ah, oi... Desculpe-me pela bagunça, só consigo desenhar com essa desordem, e, bom, as vezes uso a parede como rascunho - ela ri como se risse de uma piada pessoal - ele já te contou de mim ou cumpriu a proposta de surpresa?

 - Ele cumpriu bem - eu disse sorrindo e o olhei - Então... Onde estou e... quem é você?
 - Sou Laura, desenhista profissional, trabalhando atualmente para o governo.
Meus olhos brilharam, ela era somente a pessoa que trabalhava do que sempre sonhei. Passei 3 horas com Laura, ela me ensinou várias técnicas e estilos diferentes de desenho, fiz várias coisas e ela me deu uma prancheta para guardar os desenhos que havia feito, foi tudo maravilhoso.
 - Agora falta mais uma parte do seu dia, mas antes, que tal um almoço?


Almoçamos e fomos para uma agencia, não sabia especificamente o que iriamos fazer, mas estava ansiosa como nunca.
Estávamos agora em um escritório no 5º andar de um prédio do centro, entramos no escritório e fizeram perguntas sobre meus desenhos e disponibilidade de emprego, eu estava em uma agencia de empregos especializada para desenhistas, me senti nas nuvens, depois da entrevista eles pediram para olhar meus desenhos, eu lhes entreguei a prancheta, eles fizeram cara de surpresos, acho que gostaram, por fim disseram que em uma semana no máximo eu já teria um emprego e que eles me ligariam. Sim, nessa hora chorei, meu sonho iria se realizar, eu era mesmo boa, eu tinha chance de ser desenhista, uma grande chance.
Sai de lá abraçada com Dan, com um amigo desses eu não precisava de mais ninguém.
Fomos para a casa dele e jantamos à mesa, coisa que eu nunca fazia com a minha família, o senhor Marcos contou algumas piadas sem graça e todos fingimos rir, aquilo era uma família, eu queria ter aquilo, não que eu o inveje, eu queria só que a minha família seguisse aquele exemplo.
Na hora de dormir, Dan insistiu para que eu dormisse no quarto dele, preferi o quarto de hospedes, mas ele havia ficado com medo, e eu também, agora passaria uma noite sozinha, o que ele não iria deixar, ele ficou no quarto comigo até eu pegar no sono, ele não me deixaria sozinha por uma semana, e estava cumprindo a promessa.

***

Bom, por enquanto é isso.
Beijos

2 comentários:

  1. Estou adorando, parabéns..
    Beijos e sucesso sempre.

    www.poeta-ludico.blogspot.com

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  2. Esse Dan é um fofo!!!!!!!!!!!!!!1

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