Um Conto Esquecido na Chuva


Oi amores da minha vida!
Antes de mais nada eu sei que a foto não tem quase nada a ver com o conto, mas se você que está lendo isso achar uma imagem melhor mande nos comentários pois passei uns 40 minutos procurando.
Finalmente choveu aqui em São Paulo, já não aguentava mais a seca que tava aqui, parecia nordeste meus deuses!
A chuva me inspira, me relaxa, me ajuda a escrever e também foi uma das ideias principais pra eu escrever esse conto, a chuva, o clarinete (um dos meus instrumentos preferidos, perdendo pra flauta doce, pro piano e claro, pro violão) e um desenho da minha irmã que eu guardo no meu material escolar.

Enfim, achei que ficou legal...

 Era uma das noites mais bonitas daquele mês de setembro, a chuva caia com delicadeza ressaltando as luzes da cidade, o frio era acolhedor e havia uma paz que era quase que inexistente em dias normais.
 Eu e minha filha estávamos voltando do mercado e havia um homem tocando clarinete na parte coberta da calçada do nosso prêdio.
 Megan, minha filha, com seus 7 anos  e olhar sonhador ficou deslumbrada com o homem e seu clarinete.
 - Posso dar moedas ao moço, papai? - ela cochichou em meu ouvido.
Coloquei algumas moedas em sua mão, ela deu dois passos à frente e as colocou com cuidado no chapéu virado que estava no chão ao lado do homem, presumo que para aquele propósito.
Ele parou de tocar e agradeceu.
 - Não há de quê, mas por favor, continue. - insistiu Megan voltando pro meu lado.
 Mais tarde, naquela mesma noite, acendi a lareira, Megan se sentou no chão com uma folha de papel e alguns lápis de cor, e eu sentei na poltrona com um de meus livros preferidos.
 - Acha que o moço vai estar lá amanhã?
 - Não sei, querida.
 Um silêncio se segui, viajei em meu livro e não vi o tempo passar.
 - Olha meu desenho, papai.
 Peguei a folha e observei o desenho.
 - Pode me dizer quem está no desenho? - perguntei curioso.
 ela apontou pro desenho e foi me mostrando.
 - Essa sou eu, esse é você e esse é o moço do clarinete.
 - Ficou muito bonito querida.
 - Se o moço estiver lá fora amanhã, posso dar o desenho pra ele?
 - Claro - tentei ser otimista para que ela não desanimasse.
 - Papai, quando eu crescer quero tocar clarinete com aquele moço na frente d casa.
 Limitei-me a sorrir, os olhos dela brilhavam e esbanjavam uma pureza e inocência presente apenas nas crianças.
 Desejei em pensamento que ela nunca perdesse essa maneira doce de sonhar e que eu recuperasse a minha.


Bem, ficou assim, espero que tenham gostado.
Alias, gostaram do layout novo?
Beijos

2 comentários:

  1. Ficou muito perfeito *o*
    Estou vendo que alguém voltou a escrever ;3

    ResponderExcluir
  2. Quão belo seria o mundo se todos conservassem metade dos sentimentos que só se apresentam na infância? Quão belo seria o mundo se os sonhos simples fossem tão valorizados quanto os grandiosos e cheio de ganancia?

    Texto lindo, lindo, que me fez pensar...

    Beijos ♥ Jeito Único

    ResponderExcluir

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