Sete Dias - Capitulo 1

Oi Gente!

Se vocês tiverem coragem, leiam, chorem e digam sua opinião... Mas é forte o começo, eu acho extremamente improprio para menores de 12 anos, mas se uma guria de 11 quiser ler, não me responsabilizo pelo que acontecerá depois da leitura.

Let's Go?

Sete Dias - Capitulo 1

14 de Junho...

- Anda Gi, levanta, vai perder aula.

 Era a voz doce da minha mãe me acordando, nem parecia que havíamos brigado ontem. Ela pega em meu braço e sinto a dor dos cortes, os que fiz ontem a noite, logo após a briga. Puxo meu braço rapidamente antes que ela perceba o sangue que havia escorrido sem querer no meu pijama.

Ela me encara por alguns segundos.

 - Daniel já está vindo, filha.

 Aquela frase sempre fez eu me arrumar rápido. Coloquei a primeira roupa que vi e desci correndo, não tomei café, coloquei uma blusa de manga cumprida para se alguém decidir olhar meu braço. Não quero encontrar Daniel hoje, não quero vê-lo, não aguento olhar para ele e sentir culpa por nunca ter contado sobre os cortes ao meu melhor amigo.

Finalmente chego na escola, não o achei no caminho, mas a escola é pequena e logo nos encontraremos.

Consegui evitá-lo até a hora do intervalo, mas aí não teve jeito, tivemos que ficar conversando.

 No meio da tagarelice do meu amigo, ele me solta uma pergunta:

 - Por que você me evitou hoje Gi?

 Segurei a manga da blusa disfarçadamente.

 - Não te evitei hoje, Dan. Loucura sua.  - Tive que mentir.

 - Claro né - ele riu - Por que você me evitaria? Com certeza é só loucura minha... Mudando de assunto, posso escrever no seu pulso?

 Ele adora escrever "Dan" no meu pulso, mas não consegui esconder a tensão, ele pegou o meu braço e levantou a manga, levantou demais, acabou aparecendo um de meus cortes, nunca vi Daniel ficar tão tenso do nada, meus olhos se encheram de lágrimas.

 - O que é isso Gi?

 Comecei a chorar e ele me puxou pra dentro do banheiro, todos os que estavam lá, saíram. Contive minhas lágrimas e disse:

 - Pra que me trazer no banheiro masculino?

 - Eu quero ver tudo Gi, todas as marcas, todos os cortes, quero vê-los e saber o por quê disso.

 Tirei a blusa de frio e a camiseta da escola.

 E ali estava eu, só de sutiã na frente do meu melhor amigo, cheia de cortes e arranhões por todos os lados, meus braços, minha barriga, minhas costas, tudo cortado, minhas lágrimas não pararam de rolar pelo meu rosto.

 Dan começou a examinar corte por corte.

 - Como você conseguiu se machucar assim nas costas?

 - Meu pai vende artigos de decoração, um deles é um chicote.

 Comecei a me lembrar da cena do chicote, eu havia brigado com meu irmão, tudo por causa que eu não tenho namorado, meu irmão nunca gostou de me ver solteira; a briga estava indo como de costume, até que ele falou de Dan, lembro-me das palavras exatas dele:

 - E o Daniel, nem é namorado, né? Talvez porque você é a garotinha problemática da família, nem ele que é seu único amigo gosta de você.

 Depois ele soltou uma gargalhada e saiu. Fiquei sozinha e queria algo que me machucasse mais que os cortes, então peguei o chicote escondido.

Dan olha as marcas no meu braço, as mais recentes. e pergunta:

 - Isso foi de ontem a noite?

 Assenti.

 As marcas na minha barriga começaram a arder e eu falei "ai" bem baixinho.

 - Melhor você colocar a blusa, Gi.

 Coloquei as duas blusas e o abracei, depois sentei no chão, ele sentou do meu lado e me abraçou com cuidado... Chorei cmo nunca havia chorado antes.

***

Bom, espero que tenham ficado com pena dela, ou com remorso, ou coisa do tipo.

Até a próxima amores.

Beijos